10 janeiro 2012

PROSSEGUIR SEM MEDO





O medo está profundamente arraigado na consciência do homem. Encontra-se sedimentado nas próprias células que compõem o seu corpo físico, pelo conhecimento que elas têm da existência de uma vida imortal da qual não participam integralmente, já que os planos materiais estão sujeitos à decomposição, à desintegração e à ilusória morte.
A cada instante ocupamos uma posição na roda da vida: ora em cima, ora embaixo, ora aqui, ora ali; recebemos elogios e críticas, atuamos de formas certas e erradas, somos vistos de vários modos e temos as mais variadas perspectivas. Mas com o tempo acabamos aprendendo, de tanto viver situações diversificadas, a estar neutros diante de qualquer circunstância e a nos respaldar em uma realidade mais profunda.

Assim, permanecendo nesse ponto de neutralidade, chegamos a descobrir como viver sem medo algum. Podemos então compreender a pressão que se ocultava atrás desse sentimento:  ela nos move a uma maior responsabilidade e atenção para com as leis dos vários níveis da existência.
Nos momentos em que o medo nos invade, vale imensamente uma mudança total de atitude e uma coligação firme com a Luz. À medida que cultivamos a aspiração a uma existência mais abrangente que não se deixa tocar pelos acontecimentos, à medida que reconhecemos em nosso interior um elo indestrutível com a Hierarquia, e à medida que nos vemos ser conduzidos ao destino para nós traçado desde o início dos tempos, nada de externo tem poder suficiente para nos abalar. Instala-se em nós um estado de total aceitação de tudo o que nos é dado viver, somos ajudados a nos liberar dos apegos que nos aprisionam e entramos na grande liberdade de ser o que somos em união com a fonte que nos alenta.

( extraído do boletim Sinais de Figueira, de Trigueirinho ) 
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