22 abril 2019

A QUESTÃO DO DESAPEGO DE NOVO!

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(Ivete Adavaí)
22/04/2019
Muitas vezes quando se fala em desapego, as pessoas pensam logo em questões materiais, ou em relacionamentos. No entanto, há que se reconhecer que o desapego não se resume a tais assuntos apenas.
Venho observando como tem sido difícil às pessoas, de um modo geral, desapegar-se de suas crenças, costumes, tradições, mesmo dizendo terem conhecimento do real significado de tudo isso e que já não fazem questão de participar, no entanto, continuam fazendo exatamente como sempre fizeram. Certamente que terão muitas justificativas, que podem variar desde questões familiares, sociais ou até o fato de não se conseguir liberar isso ou aquilo mesmo.
Já se disse que a humanidade em geral gosta de drama e de tornar complexo algo que nem precisaria ser. E ai daquele que ousa sair dessa moldura e se ajustar à sua verdade interna, ao seu real desejo e à sua vontade soberana. Parece que tudo está certo desde que todos rezem na mesma cartilha, sigam os mesmos passos, façam os mesmos cursos, frequentem os mesmos grupos, porque senão há algo errado e a pessoa que ousou não se enquadrar, termina sendo vista como fora do contexto. E está mesmo!
Cada um de nós está em um nível de consciência que lhe é adequado e não adianta querer que o outro faça o que achamos ser melhor. Melhor pra quem? Para mim algo funciona, mas para você pode não o fazer. Não conheço suas expectativas, sua missão de alma, seus acordos, o lugar em que você se encontra no caminho, portanto não posso exercer qualquer influência que busque mudar sua direção. A nossa alma, o nosso deus interno, ou como for que você denomine essa instância, é que nos orienta e encoraja a fazer aquilo que precisamos fazer. Portanto, embora estejamos vivendo juntos, temos caminhos diversos e direções diferentes, talvez até para chegarmos ao mesmo destino. Mas não vale aqui tentar incutir a nossa verdade em quem quer que seja porque não vai dar certo.
Que cada um de nós possa viver autenticamente aquilo que for adequado para si mesmo e que possamos igualmente respeitar o direito do outro de não fazer o que nos parece correto, mas seguir os ditames do seu coração. Estamos aqui para viver uma experiência única, por isso não precisamos nos basear no caminho alheio para cumprir o nosso propósito de estarmos encarnados neste momento e nem querer que o outro siga o nosso.
No final, talvez possamos até nos surpreender ao nos encontrarmos com aqueles que nem pensávamos, mas que trilharam caminhos próprios que os conduziram ao destino final do mesmo modo que nós, que seguimos outras trilhas.

Ivete Adavaí – adavai@me.com – www.adavai.wordpress.com
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