Jesus ensinava através de milagres.
Se os milagres não aconteceram, o restante do Evangelho perde toda a sua verdadeira importância. Se Jesus não acreditasse que eles eram possíveis, e não se dispusesse a fazê-los, então a mensagem do Evangelho seria caótica, contraditória e sem significado.
Mas os atos ligados a Jesus, nos Quatro Evangelhos, realmente aconteceram, e muitos outros também, “os quais, se fossem escritos cada um deles, imagino que nem o mundo inteiro poderia conter os livros que teriam de ser escritos”.
O próprio Jesus justificou o que as pessoas julgavam ser uma mensagem estranha, através das obras que ele conseguia fazer; e ele foi ainda mais longe ao dizer:
... fará também as obras que eu faço; e outras maiores... (João 14;42).
Ora, o que é, afinal de contas, um milagre? Aqueles que negam a possibilidade dos milagres, com base no fato de que o universo é um sistema perfeito de lei e ordem em cujo funcionamento não pode haver exceções, estão inteiramente corretos. Mas a explicação é que o mundo do qual temos normalmente consciência, e cujas leis a maioria das pessoas conhece, é apenas um fragmento do universo inteiro, como ele é realmente; e que existe o que é chamado apelar de uma lei inferior para uma lei superior – de uma expressão menor para uma maior. No sentido de uma quebra de lei, os milagres são impossíveis. No entanto, no sentido de que todas as regras e limitações normais do plano físico podem ser ultrapassadas quando se tem compreensão elevada, então sim, os milagres podem acontecer.
Emmet Fox
