09 novembro 2011

PERDÃO É O SENTIMENTO MAIS LIBERTADOR







Precisamos parecer um pouco com os outros para compreendê-los, mas precisamos ser um pouco diferentes para amá-los.
                        ( Paul Géraldy – Poeta e dramaturgo francês )


O perdão é uma ferramenta indispensável  para nossa libertação.

Se me perguntarem qual o sentimento mais libertador, eu direi, sem pensar muito, que é o ato de perdoar.

O perdão, através do verdadeiro acolhimento e da real compreensão da situação que nos magoou, consegue nos encaminhar para a alforria de qualquer dor, cisão, e nos abre o caminho para a verdadeira inteireza.

Quando me refiro ao ato de perdoar, não é sobre o perdão eclesiástico, por medo de arder no fogo do inferno. Muito menos referente à submissão de outrem à nossa própria altivez, nos delegando algum poder ou superioridade, como se tivéssemos o poder divino de decisão.

Não estou falando também de empurrar emoções para debaixo do tapete, motivado(a) pela ilusão de que sentimentos reprimidos não representam ameaças.

Não.

Falo sobre a compreensão  genuína das nossas mágoas, ressentimentos, medos e melindres, para que possamos acolhê-los, compreendê-los e perdoar a nós mesmos e aos outros.

Viver, conviver, compartilhar significam ganhos e perdas nas relações.






As pessoas são diferentes, têm suas dificuldades, suas inseguranças, suas carências, e quando isso é colocado em xeque ou em confronto com o outro, o cálice transborda.
 
Na maioria das vezes sobram ressentimentos, amarguras e uma terrível sensação de decepção e desamparo.

 
Quem nunca se sentiu assim?






Pois é, mas a vida continua e precisamos estar inteiros e disponíveis para sermos quem em verdade somos.

Não podemos carregar uma bagagem pesada e estarmos, ao mesmo tempo, livres e íntegros.
Quando um copo está cheio, uma gota o faz transbordar.

As pessoas são humanas, como nós; erram, acertam, não se pode esquecer que ninguém é igual sempre. O que eu fui ontem, certamente não é mais o que sou hoje;

Os sentimentos mudam, os valores também. Ficarmos atrelados ao passado, seja nosso ou do outro, é estúpido, é improdutivo e, o pior, involutivo.

Ser tomado pela fúria e por mágoas demanda muita adrenalina, desgaste físico, emocional, mental e energético.
Perdemos muito, em todos os sentidos, com essas emoções.

Precisamos exonerar pensamentos obsessivos que insistem em nos perseguir e se instalar em nosso emocional.

Se estamos lotados de raiva, rancor e anseios de retaliação, contaminamos nosso ambiente, as pessoas, nossos projetos, nossos desejos, e perdemos a energia fecunda que nos faz prósperos, bem-sucedidos, amados, criativos, generosos e consequentemente  inteiros e mais felizes.


“Certa vez um velho índio disse:  dentro de mim existem dois cachorros: um deles é cruel e perverso, o outro, generoso e magnânimo. Os dois estão sempre brigando!

Quando perguntaram qual dos dois cães ganharia a briga, o sábio índio parou, refletiu e respondeu:  Aquele que eu alimento!”.

 
 ( texto de autor desconhecido )

 
                                         Imagem: michellydsf.tumbir.com

Muita Paz e Luz para todos!

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