26 outubro 2014

DEPRESSÃO:  VÍTIMAS OU SEGUIDORES?


Depressão 
Ilustração: Gisele Caldas


Não nascemos com depressão. É no decorrer da existência que esse distúrbio pode ou não ocorrer.

A depressão é bastante democrática; atinge seres de todos os gêneros, de todas as nacionalidades, de todas as cores, de todas as tendências políticas, filosóficas ou religiosas.

Falamos muito de depressão e conhecemos inúmeros casos da ocorrência desse desajuste, tanto em nosso círculo familiar, de amizades, como em personagens famosos, que chegaram quase a destruir ou que efetivamente acabaram com suas vidas em decorrência disso.

Porém, sem entrarmos no campo científico, como podemos entender a depressão?

Para isso, nada melhor do que o uso da semântica, no campo da linguística – que é o ramo que estuda o significado das palavras – para nos ajudar na compreensão, não só do termo, mas também das situações que ele designa.

Senão, vejamos o que consta no Dicionário Priberam da Língua Portuguesa:

Depressão (latim depressio, -onis), substantivo feminino
  1. Abaixamento de nível.
  2. (Figurado) Enfraquecimento, abatimento, físico ou moral.
  3. Achatamento, cavidade pouco profunda.
Seguem-se também as expressões em que essa palavra entra como um dos componentes e entre elas temos: “depressão nervosa: estado patológico de sofrimento psíquico assinalado por um abaixamento do sentimento de valor pessoal, por pessimismo e por uma inapetência face à vida.”

Verificando os casos que conhecemos e analisando os significados descritos no dicionário, conseguimos compreender que a depressão é gerada por nós mesmos:
  1. Quando diminuímos as nossas capacidades, as nossas qualidades, o nosso desempenho e nos comparamos aos outros seres.
  2. Quando nos deixamos abater pela maledicência, pela inveja e pelo egoísmo, sejam eles externos ou internos.
  3. Quando descemos apenas à primeira camada do entendimento, sem nos aprofundarmos nas razões e nos questionamentos mais profundos.
  4. Quando não valorizamos a oportunidade que está contida nesta nossa existência e vivemos os nossos dias terrenos mais como um fardo do que uma bênção.
A depressão não escolhe suas vítimas, ao contrário, estas é que escolheram seguir por esse caminho – quase que na maioria das vezes inconscientemente – sem desconfiarem que, ao longo do percurso, serão tragadas por um turbilhão de sentimentos desconexos.

E não precisamos de muito mistério, nem esforço, para decifrar que o grande antídoto à depressão está guardado dentro de nós mesmos e consiste na vigilância constante, no trabalho sólido com a nossa motivação pessoal, na consciência da nossa potencialidade e na compreensão das leis que regem o Universo.

Quando um bebê vem ao mundo, ele chega com o seu pleno potencial. 

Que possamos alegremente cuidar dessa dádiva recebida e cultivá-la com a mesma leveza, o mesmo riso e o mesmo destemor das crianças!

Seja Luz!

Iara Bichara
Movimento Era de Cristal
 
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